O que a química do cérebro nos ensina sobre o sono – Parte 1

 

Para passar da vigília ao sono, o nosso cérebro coloca em funcionamento um cocktail de substâncias químicas, uma espécie de anestesia, essencial para nos permitir adormecer.

Como passamos de acordados a adormecidos?

O cérebro é estimulado por 5 tipos de diferentes neurotransmissores. A serotonina (também chamada hormona da felicidade), a acetilcolina, as catecolaminas (adrenalina, noradrenalina e dopamina), o glutamato e a histamina. Estas substâncias desempenham funções diferentes durante a vigília e também durante o sono.

Quando o cérebro “adormece”, luta contra si próprio desactivando mecanismos, nomeadamente, o poderoso sistema vigilância-sono. A 1ª fase do sono, dita de sono leve, deve-se a fracos estímulos internos e externos exercidos sobre a química do cérebro. Algumas horas depois de adormecer, o cérebro passa ao modo de “sono profundo”. Nessa altura, o GABA (ácido gama-aminobutírico), inibe todos os sistemas de vigília que passam ao modo “silêncio”. Quando sonhamos, é porque o cérebro recebe uma forma de reactivação promovida pela acetilcolina. Um conjunto complexo de reacções químicas e biológicas caracteriza o sono paradoxal durante o qual o sonho acontece. Algumas, chamadas tónicas, persistem durante toda a duração do sonho, como a paralisia muscular e a actividade cortical rápida.



Comentários:

Nenhum comentário


Deixe o seu comentário:

« voltar