Investigadores estimam que aumentar a quantidade de fibras consumidas pelos adolescentes poderá reduzir a tensão arterial, a glicémia e a resistência à insulina, condições que predispõem à obesidade, à diabetes e a doenças cardiovasculares, cuja prevalência está a aumentar nos adolescentes.
As fibras são essenciais para o funcionamento do nosso organismo. Permitem regular o trânsito intestinal, têm um papel primordial na saciedade, mantêm o equilíbrio da flora intestinal e previnem o cancro colo-rectal, as doenças cardiovasculares, a obesidade e a diabetes. As fibras encontram-se em alimentos como a fruta, os legumes, as leguminosas, os frutos secos… Contudo, de acordo com um estudo publicado no European Journal of Clinical Nutrition, a maior parte dos adolescentes consumiriam muito menos fibras do que o recomendado.
AUMENTAR O CONSUMO DE FIBRAS PARA MELHORAR A SAÚDE
Nos Estados Unidos, a quantidade mínima aconselhada por dia é de 38g para os homens e de 25g para as mulheres. Dos 754 adolescentes interrogados para o estudo, apenas 2 consumiam essas quantidades. Em média, os participantes consumiam 10,9g por dia, revela este estudo publicado em Dezembro de 2018. A tensão arterial, a glicémia e a resistência à insulina - a hormona que transforma os açúcares em energia -, foram igualmente testadas.
Os investigadores examinaram os dois tipos de fibras de que necessitamos na nossa alimentação. As fibras insolúveis, presentes nos cereais, nozes, frutos e legumes. E as fibras solúveis, pressentes nos feijões, aveia, cevada e abacate. À luz das suas investigações, estes cientistas concluíram que aumentar o consumo dos dois tipos de fibra para os 38g por dia poderia levar a uma redução da tensão arterial, da glicémia e da resistência à insulina.
Faltam fibras no regime alimentar dos adolescentes, provavelmente porque ingerem muitos alimentos transformados e processados e poucos cereais integrais, frutos e legumes.
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