Reconhecemos no coco um alimento de sabor delicioso cujo sumo (água de coco) é particularmente hidratante. A polpa do coco (leite de coco) é muito utilizada na culinária. Mas sabia que o óleo de coco tem vantagens e benefícios para além das suas características gustativas? Este óleo vegetal é reconhecido pelos seus efeitos protectores do nosso cérebro.
O óleo de coco contém numerosos triglicéridos de cadeia média (TCM). Estes TCM transformam-se facilmente numa fonte de energia de grande qualidade para o nosso organismo. O cérebro tem necessidade de matéria gorda de qualidade para funcionar e os TCM do óleo de coco constituem, uma fonte rapidamente disponível. O óleo de coco contém cerca de 60% de TCM, sendo a gordura mais rica neste elemento. Por outro lado, contém vitamina E, uma das vitaminas essenciais na luta contra o envelhecimento.
APRESENTAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO ÓLEO DE COCO
Quando conservado no frio, tem um aspecto semissólido. Também é conhecido por manteiga de coco ou gordura de coco. Por volta dos 25ºC torna-se líquido. É a polpa do coco que serve par fazer o óleo. Prefira-o extraído a frio e de preferência biológico.
Uma das vantagens do óleo de coco é ser pouco sensível à oxidação e, portanto, conserva-se durante mais tempo. Não esqueça que, como todos os óleos deve conservar-se em recipiente de vidro (o plástico migra através das gorduras animais ou vegetais e, portanto, uma gordura conservada no plástico favorece a absorção das suas micropartículas) e ao abrigo da luz, pois esta degrada os óleos.
O ÓLEO DE COCO E O NOSSO CÉREBRO
O óleo de coco tem um efeito protector sobre o nosso cérebro, aportando-lhe uma fonte de energia directamente disponível. Uma alimentação rica em gorduras benéficas favorece e preserva o desempenho intelectual e cognitivo.
Todas as patologias degenerativas do cérebro responderão favoravelmente a uma suplementação diária de óleo de coco. Poderá então ser utilizado na enxaqueca, epilepsia, Alzheimer, Parkinson, Esclerose Lateral Amiotrófica, etc.
Mesmo sem alterar nada na sua alimentação, o óleo de coco, com os TCM de alta qualidade e também algumas cetonas (as cetonas ou corpos cetónicos são moléculas fabricadas no fígado a partir das gorduras e o organismo pode utilizá-las como fonte de energia à semelhança dos glúcidos) irá favorecer a sua saúde. As cetonas protegem as mitocôndrias (pequenos organelos celulares que transformam a glucose em energia, um pouco como se fosse a fábrica de energia da célula), lutam contra a inflamação e oxidação das células e diminuem a excitabilidade dos neurónios.
Claro que se reduzir o teor de glúcidos da sua alimentação, a quantidade de cetonas aumentará, o que será também benéfico. De notar que o consumo diário de óleo de coco permite limitar o apetite por alimentos açucarados.
COMO CONSUMIR O ÓLEO DE COCO?
Pode diluí-lo nas bebidas (chá, café…), juntar aos cozinhados de carne, peixe ou legumes, às sobremesas ou para temperar saladas. Pode também tomá-lo cru, ingerindo uma dose máxima de 2 colheres de sopa por dia. Como este óleo é muito rico em ácidos gordos, o organismo poderá necessitar de alguns dias de adaptação. Aconselhamos que inicie com ½ colher se sopa por dia durante alguns dias e vá aumentando progressivamente.
Se tem tendência a formar cálculos na vesícula biliar (ou se já não tem vesícula), aconselhamos uma adaptação ainda mais lenta e a misturar o óleo de coco aos alimentos, não ultrapassando 1 colher de sopa por dia. Para as pessoas com colesterol LDL elevado, é importante mencionar que o óleo de coco não representa qualquer risco pois favorece o aumento de HDL, o qual é protector e compensa os LDL eventualmente elevados.
OUTROS BENEFÍCIOS DO ÓLEO DE COCO PARA A SAÚDE
Reconhece-se a sua acção positiva sobre as doenças cardiovasculares, a hipertensão arterial e a obesidade. Isto é devido ao seu conteúdo em ácido láurico. É importante não esquecer que o nosso corpo precisa de gordura (lípidos) para funcionar e que o verdadeiro inimigo se esconde nos glúcidos (açúcar). Reduza, portanto, o consumo de açúcar; o consumo elevado de lípidos é sobretudo perigoso quando associado a açucares! Esta associação obriga o pâncreas a produzir mais insulina, aumentando o armazenamento de gordura e potenciando o aparecimento de doenças degenerativas cerebrais, as doenças cardíacas, a diabetes e a obesidade, resultantes de um processo inflamatória crónica.
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