Um novo estudo científico revela dados que mais uma vez apontam o dedo aos malefícios do excesso de peso. Desta vez, verifica-se uma relação com a incontinência urinária.
A prevalência da incontinência urinária é duas vezes mais elevada nas mulheres cujo índice de massa corporal (IMC) é acima do adequado para a sua estatura, de acordo com resultados publicados na revista médica Journal of the American Geriatrics Society. Mas esta situação é reversível, já que a perda de peso reduz o risco de incontinência urinária.
Os investigadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, realizaram um estudo que incluiu 1475 mulheres entre os 70 e os 79 anos, seguidas durante 3 anos. O grau de incontinência urinária foi estabelecido através de um questionário. Para compreender se existia uma relação entre esta perturbação e o excesso de peso, foi medido o IMC, a força de preensão, os quadricípites, a velocidade da marcha, bem como a massa muscular e a massa gorda.
O estudo revelou que 14% das participantes notificaram pelo menos 1 episódio de perda involuntária de urina por mês, do tipo de incontinência urinária de esforço (incontinência que surge quando há esforço físico, tosse ou espirro).
16% das mulheres experienciaram pelo menos 1 episódio de incontinência urinária por imperiosidade (perda involuntária de urina, acompanhada ou imediatamente precedida de uma vontade urgente e irreprimível de urinar).
Estes investigadores constataram que as mulheres que perderam pelo menos 5% do seu IMC ou da sua massa gorda melhoraram significativamente da sua incontinência urinária e a melhoria manteve-se ao longo dos 3 anos em que foram seguidas.
O estudo mostrou também que uma redução de 5% ou mais da velocidade da marcha está associada a um aumento de 54% de episódios de urgência e/ou incontinência.
Fazendo uma manutenção adequada e optimizando a composição corporal e a força muscular, desde (ou mesmo antes) a menopausa, é possível reduzir a prevalência da incontinência urinária nas mulheres idosas.
Nenhum comentário